Notícias

Por que o descarte correto do óleo de cozinha é tão importante?

em Outros.

Pode parecer algo trivial e, infelizmente, para muitas pessoas essa informação pode soar até como um exagero. Afinal, que mal teria derramar aquele óleo que sobra no preparo do alimento na pia da cozinha? Mas o fato é que já está comprovado que o descarte inadequado do óleo de cozinha é capaz de gerar uma série de malefícios ao meio ambiente. Os efeitos vão desde a impermeabilização e contaminação do solo, ao entupimento das redes de esgoto e à poluição dos lençóis freáticos. E não é só isso. Além de todos os impactos ambientais, ao despejar esse óleo na pia ou mesmo no vaso sanitário, ele acaba passando pelos canos da rede de esgoto e fica retido em forma de gordura. O resultado dessa crosta constituída acaba sendo a criação de um ambiente propício à proliferação de pragas que podem causar inúmeras doenças transmitidas para humanos e animais, como leptospirose, febre tifóide, salmonelose, hepatites, giardíase etc. Em seguida, quando o esgoto contaminado consegue chegar às Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), elas terão como missão a separação e o tratamento da água para que novamente possa ser despejada nos mananciais. Estima-se que o custo desta ação represente cerca de 20% de todo o valor investido no tratamento da água. E apesar do investimento alto, ainda não há a garantia de que todo o esgoto foi realmente tratado, ou seja, parte do óleo acaba realmente desembocando em rios e lagos. Para você ter uma ideia do impacto, 1 litro de óleo de cozinha pode poluir cerca de 1 milhão de litros de água, o que é aproximadamente consumido por uma pessoa em 14 anos. Mas o que fazer para que isso não aconteça? O acesso às informações é o primeiro passo para sensibilizar e conscientizar as pessoas sobre o tema. Afinal, trata-se de algo que pode ser evitado através de atitudes dos próprios moradores. Por isso, se você é síndico ou se considera um condômino atuante, invista em muito material informativo para que todos entendam a importância da ação ser coletiva. Espalhe a informação através dos canais de comunicação, como murais e e-mail, e se possível organize grupos de pessoas que também estejam conscientes sobre a causa. Para que o óleo tenha um destino correto após o uso residencial, basta seguir esses 3 passos:Espere o óleo usado esfriar;Deposite o material em uma embalagem PET com tampa, com o auxílio de um funil. Acumule o máximo possível em um mesmo recipiente. Não se esqueça de limpar a panela com um guardanapo e descartar no lixo orgânico;Após esse procedimento, é só depositar a garrafa em um dos pontos de coleta disponíveis na sua cidade. Quanto mais gente aderir à prática melhor, por isso verifique se o seu condomínio já possui essa rotina de recolhimento e destinação para resultados ainda mais satisfatórios. Através de uma iniciativa da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais – ABIOVE, entidade representativa das principais empresas dos setores de processamento de soja, refino de óleos vegetais e produção de biodiesel, e o Sindicato da Indústria de Óleos Vegetais – SINDOLEO, foi criada a iniciativa setorial Óleo Sustentável, cujo objetivo é a promoção da coleta de óleo de cozinha usado e o incentivo à reciclagem desse resí­duo. Através do site https://www.oleosustentavel.org.br/, é possível verificar todos os pontos de entrega disponíveis no país, além de muito conteúdo sobre educação ambiental e dados sobre o ciclo do óleo. Para quem aderir ao descarte correto do óleo de cozinha usado é possível doar o resíduo cujo valor é revertido para instituições ou projetos sociais (informe-se sobre as diferentes oportunidades na sua cidade), ou mesmo vender e gerar renda de forma individual ou para o condomínio. Atualmente, várias empresas atuam na coleta profissional desse tipo de produto, seja em escolas, condomínios, restaurantes, hospitais, cozinhas industriais, hotéis etc. A Smart Óleo Vegetal, no Rio de Janeiro, é uma delas, cujo serviço inclui o fornecimento de bombonas e galões com lacre de segurança, garantindo transporte seguro e sem o risco de acidentes, além de visitas periódicas baseadas no consumo – semanal, quinzenal ou mensal. No ato da retirada é entregue um comprovante de coleta com a quantidade recolhida, sendo gerados mensalmente certificados conforme previsto nas normas de preservação ambiental e saneamento.

FacebookTwitterGoogle+Email